Protestantismo brasileiro: a árvore, a teologia e o mosaico
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Esta é uma rara obra sobre o protestantismo brasileiro. Este livro é o resultado de uma profunda pesquisa sobre como se deu a vinda da fé protestante ao Brasil e as denominações que aqui surgiram.
Protestantes, evangélicos, evangelistas, crentes, aleluias, huguenotes, hereges, os bíblias, enfim, em cada momento da história foi dado um nome ao movimento cristão que se desenvolveu na Europa, seguiu para os Estados Unidos, e veio a chegar ao Brasil: o protestantismo.
Deixando intactos em seus próprios caminhos, o catolicismo romano e o catolicismo ortodoxo, ajustando o foco somente no protestantismo, e de forma bem específica no protestantismo brasileiro, este trabalho objetiva apresentar o protestantismo implantado no Brasil sob três aspectos: a árvore genealógica, a teologia e o mosaico. Mesmo sabendo que em algumas situações é bem precária a informação histórica devido à escassez de material histórico, contudo, tendo em mãos uma parte da literatura disponível, torna-se possível descrever, classificar e localizar dentro do tempo os vários “ramos” do protestantismo brasileiro. Partindo dos movimentos pré-reformadores na Europa até chegar aos dias atuais, com as decepções produzidas pelo próprio protestantismo brasileiro, no movimento dos desigrejados.
Neste contexto de protestantismo brasileiro: a árvore genealógica, a teologia e o mosaico, surge a questão: ainda permanecem no protestantismo brasileiro os princípios da Reforma Protestante? Ou seja, os Solas da Reforma ainda fazem parte do atual protestantismo brasileiro?
O primeiro capítulo, A árvore genealógica do protestantismo brasileiro, utiliza do método genético para traçar o caminho percorrido de algumas denominações existentes no Brasil. Abordando, em primeiro lugar, a definição do termo protestante/evangélico como sendo uma definição de espécie, para que daí por diante, possa seguir utilizando um único termo para todo o trabalho. Logo, seguem as raízes do protestantismo, a Reforma como sendo o tronco do pensamento protestante, a seiva (os avivamentos) que percorre no restante da árvore até chegar até os ramos, que são os pioneiros do protestantismo brasileiro. Até este ponto as denominações apresentadas são todas as que chegaram ao Brasil, ou seja, vindas por meio das missões ou através dos imigrantes. Ainda neste capítulo, os frutos, que são as denominações que nasceram no Brasil, as novas sementes (neopentecostais), os transgênicos (igreja emergente) e a possibilidade de um fruto que não vingou (desigrejados), encerram a árvore do protestantismo brasileiro que é apresentada de forma gráfica na parte final do capítulo.
O capítulo seguinte, A teologia do protestantismo brasileiro, inicia com o conceito comum de teologia no protestantismo, logo mais, são listados os sistemas teológicos operantes aqui no Brasil. Alguns destes sistemas são ligados diretamente à Reforma, e os demais, ainda que mantenham os alguns princípios da Reforma, enfatizam outros aspectos como as “manifestações carismáticas” e o “prosperar” das questões financeiras.
Por fim, o terceiro capítulo, O mosaico protestante brasileiro, apresenta alguns aspectos comuns entre as mais diversas denominações protestantes brasileiras, que à primeira vista, aparentam uma confusa rede de credos, no entanto, quando observada mais ao longe, formam um imenso mosaico, retratando parte da face do protestantismo brasileiro. Estes três aspectos a serem apresentados: a árvore genealógica, a teologia e o mosaico tentam demonstrar que em certos momentos a evidência dos Solas da Reforma é bem nítida, e em outros, um tanto desfocada. Contudo ainda estão presentes no atual protestantismo brasileiro.
O livro é repleto de gráficos que mostram as divisões ocorridas nas principais denominações protestantes aqui no Brasil.
As histórias das igrejas Adventistas, Testemunhas de Jeová e Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons) não foram incluídas neste trabalho.